Pra começar, que seja do princípio: Minha História na Arte começa mesmo antes que eu existisse. Pois venho de uma mãe artista, que infelizmente abriu mão do seu sonho de viver do Teatro para viver pelos filhos e família. Assim como muitas mulheres (que também anulam seus sonhos pelo o que a sociedade vende como “deveres femininos”).
Depois tem minha irmã mais velha que recebeu toda a expectativa e projeção de ser artista e seguiu como atriz, musicista e no meio do caminho se achou na arte circense: se descobrindo uma palhaça natural.
Então surge eu, que nasci com nome musical e me criei nos teatros do interiorzão paulista. Com 9 anos (2002) entrei pro Teatro e comecei minha musicalização. Toquei em praticamente todas as escolas municipais e eventos da prefeitura (como 7 de setembro e afins) com a Fanfarra e Banda Jovem de Hortô (2002 - 2007). Aos 14 vivi um breve surto coletivo feminista (antes mesmo de saber o que era feminismo ou "girl power") chamado “Gamp's Rock”. Durou pouco, mas foi intenso. Foi quando minhas amigas da escola e eu conseguimos finalmente nossos instrumentos (por volta de 2007).
Pulando pra época da faculdade tive algumas experiências com a não-música/música experimental (que carinhosamente chamamos de música aleatória ) começando aí a misturar as coisas... sons, poesia, luzes, beirando a Performance. Desde que comecei a produzir performance, não consegui mais me encaixar no Teatro.
{Foi +/- nessa época também que fiz minha primeira tattoo: mi - ré - lá (2013) na orelha. Órgão receptor da audição.}
Só consegui voltar às atividades musicais em 2019 com meu companheiro. Criamos o Duo'Délick (Abraços Místicos de Amor do Universo & Fagulhas Kósmicas do Caos), fizemos dois pocket shows e logo estourou a pandemia.
Então esse projeto está congelado como diria Marisa Monte “numa pausa de mil compassos”.
Caso tenha interesse em saber mais, segue lá no insta @duodélick.